Exposições

Obras da Tate no MASP

Este é o último mês para ver as 6 obras que a Tate Modern – importante museu de arte moderna de Londres – emprestou ao MASP para expor junto com seu acervo permanente na exposição de longa duração “Acervo em transformação”. Só até 16 de fevereiro será possível ver as obras de Gwen John (País de Gales, 1876-1939), Sylvia Sleigh (País de Gales, 1916-2010), Ibrahim El Salahi (Sudão, 1930), Francis Newton Souza (Índia, 1924-2002), L. S. Lowry (Inglaterra, 1887-1976) e Francis Bacon (Irlanda, 1909-1992), colocadas em diálogo com obras do acervo do MASP.

Esse diálogo entre as obras é privilegiado pela expografia dos chamados cavaletes de cristal, projeto inovador e único no mundo (segundo o próprio MASP), da arquiteta Lina Bo Bardi. Eliminar as paredes como suporte para os quadros e abolir o percurso de visita definido permitem diálogos múltiplos entre as obras, transformando o espaço da exposição numa grande conversa, em que o visitante escolhe que vozes quer escutar. Construindo o próprio percurso, você, visitante, constrói a própria narrativa e a própria experiência com os quadros, na qual a curadoria do museu lança apenas alguns gatilhos, aproximando e distanciando obras umas das outras e renovando as obras expostas.

Então:

Por que visitar essa exposição?

As obras da Tate vieram fazer parte dessa conversa. É como receber a visita de um estrangeiro em casa: surgem novos assuntos, ambos ampliam suas visões de mundo e entendem melhor o outro e a si mesmos.

Os curadores as posicionaram ao lado de obras de artistas brasileiros, então se você já as conhecia, é uma oportunidade de vê-las com outro olhar; se não, é uma primeira aproximação interessante, que pode se acrescentar a outras, quando as obras da Tate forem embora e as obras brasileiras ganharem novos vizinhos.

É uma oportunidade de ver essas seis estrangeiras e perceber que um dos critérios da curadoria para a escolha das obras foi preferir artistas que escapam ao padrão “homem, branco, europeu/estadunidense”. Além dessas, tem a obra de Francis Bacon, artista consagrado mas do qual o MASP não tem nenhuma obra e não são muitas as oportunidades de ver obras suas por aqui.

Dicas

No mapa da exposição, disponível ao lado das escadas, estão marcadas as obras da Tate. Dá para ir direto até elas.

Ooooou você pode aproveitar a disposição atual das obras do acervo e ir vendo tudo até chega às obras da Tate, por exemplo, ver os 3 Van Gogh no meio do salão, ou o grupo de 5 Modigliani um pouco atrás. Ou o painel das Guerrilla Girls no fundo do salão, registrando que em 2017 havia 6% de artistas mulheres em exposição (há uma nota no mapa que mencionei, em que informam que o número atual são 11,8%).

"Acervo em Transformação: Tate no MASP"
MASP - Museu de Arte de São Paulo
Até 16/2/2019
R$35,00 inteira. R$17,00 meia. Grátis às terças.

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